sábado, 21 de agosto de 2010

Enquanto Eu Não Sumir

Ouço fortes vozes gritantes
Estas perfuram meus ouvidos
Agem como navalhas cortantes
Relembrando meus dias vividos

Começo a correr pela dor insana
E penetram como um som imundo
Deixei de ser uma simples humana
Estou partindo para o submundo

Perdão aqueles que não me despeço
Aqui ficam lembranças do que vivi
E daquilo que ainda quero e peço
Enquanto desse mundo eu não sumir

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Futuras Sobras de Mim

Há dias ensolarados sombrios
O corpo se movimenta lentamente
Todos sorrisos dados são frios
Violão tocado apenas mente

A brisa bate como se fosse gelada
A noite é tomada pela neblina
E essa face muito mal amada
Caminha pelas ruas sozinha

A terra chama para seu interior
Quer fragmentar essas mãos
Que um dia te abraçaram sem dor
Hoje servirá de comida como grãos

Tudo que pra ti não tem valor
Virará carniça sob um esqueleto
Apodrecendo por muito calor
Sobrando um suposto graveto

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Se Algum Dia

Se algum dia tu parares de sorrir
Fechar a cara quando me avistar
Por dentro de ti apenas rir
E assim longe de mim feliz estar

Saiba que meu sensível coração
Terá então um rápido sumiço
Engolirei toda minha emoção
E enterrarei assim tudo isso

Chamas assasinas vou acender
Arrancando minha veia aorta
Não importando o quanto vá doer
Quero de imediato minha alma morta

Meu coração será carne queimada
Os restos por baixo da terra estarão
Vermes comendo o que não foi amada
Essa alma que a tudo quis dizer não